Engajamento é cada vez maior das altas lideranças empresariais movidas pela cultura ESG Sim. É verdade. Não conseguiremos alcançar as corajosas metas dos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) que compõem a Agenda 2030 das Nações Unidas.
As iniciativas globais, para reduzir os gigantescos desafios sociais, ambientais e econômicos, que já não vinham surtindo os efeitos necessários desde que foram iniciadas em 2015, sofreram ainda o grave revés provocado pela pandemia da Covid-19.
Na América Latina, onde os impactos da chegada do Sars-Cov2 têm sido mais sentidos, houve uma regressão nos indicadores sociais aos patamares de dez anos atrás, explica o Secretário Executivo da Rede Brasil do Pacto Global, Carlo Pereira. Em entrevista exclusiva para os canais do Moinho, ele, no entanto, observa que não há espaço para pessimismo.
“O que a gente está vendo é o engajamento cada vez mais forte das empresas. O Pacto não tem aumentado só quantitativamente, mas também qualitativamente. Essa é uma realidade. O engajamento que explodiu mesmo, não dá para dizer nem de forma exponencial, porque ficou acima disso, foi o da alta liderança. Isso foi inacreditável."
"Essa febre do ESG (sigla em inglês que significa Ambiental, Social e Governança) que a gente está vivendo agora (o mercado europeu é mais maduro, mas o mercado americano veio com muita força nos últimos anos, e possivelmente, vai ar o europeu já em 2022, com finanças sustentáveis, por exemplo) botou muita pressão no Brasil. Com isso, os líderes empresariais começaram a se me mexer muito fortemente”, avalia Carlo.
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Carlo Pereira é o Secretário Executivo da Rede Brasil do Pacto Global
Carlo Pereira / arquivo
