Por Clara MarizO homem de 40 anos investigado por estuprar a própria filha, de 15, por dois anos, também é suspeito de abusar de uma outra filha, de 11 anos, em Belo Horizonte. Nessa quinta-feira (6/10), a Polícia Civil instaurou outro inquérito contra o pai das jovens.
Até o momento, a corporação não ou mais detalhes sobre as investigações. A suspeita surgiu após o conselho tutelar receber na terça-feira (4/10) uma denúncia anônima de que
o homem agredia os filhos e abusava sexualmente da jovem. À Polícia Militar, a menina relatou que era estuprada pelo pai desde os 13 anos.
A adolescente também relatou que, quando era criança, ela e o irmão dormiam juntos em uma cama de casal com os tios paternos, e que os presenciavam fazendo sexo. Depois, eles também mantinham relações sexuais, “imitando” o que tinham acabado de ver. Ainda de acordo com a jovem, certo dia, ela decidiu contar ao pai o que acontecia na casa dos tios. Ele, então, teria perguntado se a filha "queria que ele fizesse [sexo] com ela” e prometeu ser “cuidadoso” para que a adolescente não sentisse dor.
Um tempo depois, a jovem, à época com 13 anos, diz ter procurado o pai, dizendo que "aceitava" a proposta. Desde então, ela vem sendo estuprada pelo homem. Conforme a lei, uma vez que aos 13 anos os jovens não possuem maturidade ou discernimento para "consentir" uma relação sexual, o caso é tratado como estupro de vulnerável.
Ela diz ter sido violentada pela última vez em setembro deste ano. A mãe, segundo a garota, nunca desconfiou de nada, embora os abusos acontecessem dentro de casa. A PM informou que a adolescente ficará temporariamente abrigada na sede do conselho tutelar de Venda Nova.
Prisão
De acordo com a Polícia Civil,
o pai da menina ainda não foi preso. Os tios também não foram conduzidos. Conforme a corporação, a prisão só é feita quando há flagrante ou em virtude de mandado de prisão, que acontece após as investigações e com autorização do judiciário. “Diligências estão em andamento na Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente. A investigação segue em sigilo por se tratar de crime contra a dignidade sexual.”