Atualmente, a jornalista Fernanda Fernandes e a enfermeira Bianca Pigott moram nos Estados Unidos. Ao G1, elas contaram como foi; veja mais. Local de vacinação em Dallas
Fernanda Fernandes/Arquivo Pessoal
Enquanto o Brasil aguarda o início da vacinação contra a Covid-19, duas juiz-foranas tomaram a primeira dose da vacina nos Estados Unidos: a jornalista Fernanda Fernandes e a enfermeira Bianca Pigott. Em entrevista ao G1 elas descreveram a expectativa e os momentos que antecederam a imunização. Veja abaixo.
Nesta semana, a Prefeitura de Juiz de Fora divulgou que o programa de execução da vacinação, que define todas as ações a serem desenvolvidas, já está pronto. Na próxima segunda-feira (18), a Secretaria Municipal de Saúde irá anunciar como vai funcionar a logística e os grupos prioritários na cidade.
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'Muito organizado'
Morando em Dallas há um ano, a juiz-forana Fernanda Fernandes tomou a primeira dose da vacina na última segunda-feira (11). Ao G1, ela contou que o todo o processo de agendamento foi realizado pela internet, através da UT Southwestern Medical Center (UTSW), uma universidade da cidade.
"Agendei pelo site e tinha a da Moderna e da Pfizer como opções e também continha várias informações sobre as vacinas, efeitos adversos e eficácia. Tive que concordar com qualquer uma que estivesse disponível. No momento da vacinação, soube que tomaria a Moderna", ponderou.
O local da vacinação, que foi o Hospital da UTSW, Fernanda explicou que o espaço foi todo dividido e que foi muito rápido. "Depois que eu tomei a vacina, tinha uma sala grande para aguardar uns 15 minutinhos para saber se estava tudo ok ou se tinha alguma reação".
"O processo foi muito tranquilo e rápido por ter esse cadastro pré on-line. Eles continham todas as informações e também já tinha dado a anuência de tudo que precisava. Não teve nenhuma burocracia grande no local. Só fizeram o cartão de vacina".
Local de vacinação em Dallas
Fernanda Fernandes/Arquivo Pessoal
Daqui quatro semanas, a jornalista irá tomar a segunda dose da Moderna. "Na primeira, não senti nenhum efeito colateral complicado. Tive alguma dor no braço, mas nada demais".
De acordo com Fernanda, o processo todo foi muito rápido, haja vista que a vacinação em Dallas começou há cerca de um mês. "Tinha imaginado que tomaria lá para abril, de acordo com algumas previsões. A organização está muito acelerada. Foi muito organizado e pensado", finalizou.
'Agora é vacinar todos os pacientes'
Bianca Pigott
ianca Pigott/Arquivo Pessoal
Bianca Pigott tem 45 anos e trabalha em Boston como enfermeira há 11 anos. No dia 23 de dezembro, ela tomou a primeira dose da Moderna e na próxima semana, tomará a segunda.
Não tive problema, nenhuma reação. No meu trabalho, algumas pessoas sentiram o braço doendo ou tiveram um pouco de cansaço, mas ninguém teve uma reação alérgica significativa
Conforme Bianca, houve muita expectativa antes da aprovação das vacinas nos Estados Unidos. "Primeiro saiu a aprovação da Pfizer e na semana seguinte, da Moderna. O laboratório dela fica 10 minutos do nosso hospital, e recebemos uma quantidade enorme".
Para os próximos meses, a meta é vacinar todos os pacientes, segundo a enfermeira, que também realiza testes da Covid-19 em Boston. "Todos os dias a gente recebe muitas perguntas de como vai ser", explicou.
Com família no Brasil, Bianca disse que fica preocupada com a situação atual e também contou como é nos Estados Unidos em relação as medidas de prevenção.
"Aqui, tem muitas pessoas que não seguem as regras, mas tem uma questão muito mais forte de controle de quem não está com máscara, por exemplo. Se você quiser quebrar as regras, você vai, mas não vai conseguir entrar nem em um supermercado", finalizou.