Após mais uma derrota, o técnico Marquinhos Santos avaliou que o América "vem jogando bem". Neste domingo (10), no Estádio da Ressacada, em Florianópolis, o
Coelho foi superado por 1 a 0 para o Avaí, em jogo válido pela 1ª rodada da Série A do Campeonato Brasileiro.
Em entrevista coletiva concedida após o apito final em Santa Catarina, Marquinhos discordou de um profissional de imprensa que analisou a atuação do América como fraca. Ele disse ter visto um América "competitivo" diante do Leão da Ilha, buscando a "qualidade de jogo". Mais uma vez, o treinador do Coelho apontou a falta de efetividade nas oportunidades de gol criadas pela equipe como fator determinante.
"O time vem jogando bem. Mesmo hoje, tendo um jogador a menos durante todo o segundo tempo, o time teve bom comportamento, foi competitivo, buscou a qualidade de jogo. Fomos verticais, buscamos fazer o gol. Não nos encolhemos e jogamos apenas por uma bola - o time tentou posse, tentou manter o equilíbrio tático e o fizemos. Tivemos oportunidade para empatar o jogo. Falta ser efetivo nas oportunidades criadas. Dificilmente, um time com um a menos tem 11 oportunidades de gol com quatro chances claras. Nós tivemos. É ter equilíbrio, é encontrar novamente o caminho. Colocar o trem no trilho para que possamos voltar a fazer gol e, o quanto antes, buscar essa vitória", analisou.
Análise do jogo e fase ruim
Na visão de Marquinhos Santos, o
América foi bastante prejudicado pela arbitragem na expulsão de Marlon, aos 44 minutos do segundo tempo. O treinador acredita que o lateral-esquerdo não era o "último homem" do Coelho no lance com o atacante Morato e que o contato já vinha ocorrendo desde a origem da jogada.
Ainda de acordo com o treinador, o América a por um "recomeço de trabalho". As mudanças no elenco, para ele, servem como fator para justificar os resultados oscilantes da equipe neste início de temporada.
"Nós tivemos a dificuldade de entrar no jogo. Estreia no Campeonato Brasileiro, fora de casa. Num erro de saída de bola, acabamos oferecendo ao Avaí o que ele buscava: essa retomada por dentro e o jogo de profundidade. Num lance determinante, houve a expulsão do Marlon. Jogar com um a menos é muito mais difícil. Fomos para o intervalo, fizemos as alterações em função do que eu entendi que precisava. O Kal estava sentindo o tornozelo e não estava ando voltar para o segundo tempo, e também tinha aquela lacuna com a expulsão do Marlon - para não deixar o espaço vazio. Deixamos a velocidade, mesmo assim, com os três da frente. Voltamos para o segundo tempo melhor posicionados, até tivemos oportunidade de empatar o jogo, e não fizemos. Aí você se expõe e oferece ao adversário o contra-ataque. A maior dificuldade foi o controle do jogo, virar a primeira parte em igualdade numérica, que faria com que nós pudéssemos reorganizar taticamente", avaliou.
"Eu entendo que é um recomeço de trabalho, até porque quando eu assumo o time, era um outro time. Eu tenho visto um movimento de torcida e de imprensa que é natural. Da forma como o América terminou 2021, querendo comparar com um início de trabalho de 2022. (...) É claro que esse começo não é o que imaginávamos e o que queríamos. Tivemos alguns percalços, algumas dificuldades, tivemos de ir ao mercado, porque perdemos Ademir, Bauermann, Ricardo Silva. Acertamos em algumas, outra ainda estão se preparando. (...) A gente está tranquilo no sentido de saber aquilo que queremos. É início de trabalho, início de temporada - a nível de competição nacional. Tem que se ter um equilíbrio, mas precisamos dar essa resposta o quanto antes para não ter essa somatória e trazer essa responsabilidade para dentro do clube", completou Marquinhos Santos.
Pressionado, o América enfrentará o rival Atlético às 21h da quarta-feira (13), em jogo válido pela 2ª rodada da fase de grupos da Copa Libertadores. O confronto será realizado no Mineirão, em Belo Horizonte.
