Bancada evangélica vem recomendando afastamento do titular do MEC para que ele se defenda fora do cargo O pastor Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo e apoiador do governo Bolsonaro, pediu a demissão do ministro da Educação, Milton Ribeiro, e que as denúncias de sua gestão sejam investigadas.
“VERGONHA TOTAL! Ministro da educação em foto como a esposa em Bíblia de pastor lobista do MEC. TEM QUE SER DEMITIDO PARA NUNCA MAIS VOLTAR!”, postou Malafaia, em seu Twitter nessa segunda-feira (28).
“NÃO SOMOS COMO O PT Queremos investigação total sobre a questão de pastores lobistas no MEC. Investigue ministro e pastores. Quem protege e defende seu pessoal corrupto e ladrão é o PT. Mais de 200 mil pastores evangélicos brasileiros, não serão manchados por 2 ou 3”, escreveu o pastor.
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Ribeiro pediu licença do cargo ao presidente Jair Bolsonaro (PL) na manhã dessa segunda-feira, e Bolsonaro ainda está articulando a escolha de um substituto para o auxiliar. Embora Ribeiro tenha se movimentado para permanecer no cargo na semana ada, concedendo entrevistas e buscando apoio interno no governo, a crise agravou-se depois que mais de uma dezena de prefeitos revelaram que ouviram oferta de propinas dos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura.
Malafaia, sobre Ribeiro: "Queremos investigação total sobre a questão de pastores lobistas no MEC. Investigue ministro e pastores"
Arquivo/Agência Brasil
Bancada evangélica vem recomendando afastamento do titular do MEC para que ele se defenda fora do cargo. Mais cedo, o deputado federal Marco Feliciano (PL-SP), que também é pastor, pediu para que o ministro se licencie até o término das investigações.
“Quando o senhor precisou, em sua indicação, eu o defendi, quando errou empregando esquerdistas eu o repreendi. Hoje peço por favor, se licencie até o término das investigações, pois nós evangélicos estamos sangrando. Sendo provada a inocência, retorne ao cargo”, escreveu, em seu Twitter.
Feliciano também afirmou que os evangélicos estão ”sendo triturados“ por conta das denúncias. “Por sua saúde emocional, por sua família que deve estar sofrendo, por nós evangélicos que estamos sendo triturados, pelo Presidente Jair Bolsonaro, que em um ano tão importante está sendo arrastado pra essa história estranha, não retarde seu licenciamento!”.
Na sexta-feira, Malafaia já havia divulgado um vídeo em seu canal de Youtube para criticar os pastores Santos e Moura, citados em áudio do ministro da Educação como supostos beneficiados pela pasta no ree de verbas aos municípios. "Nós somos mais 200 mil pastores neste país e não vamos tomar lama por causa de dois camaradas", afirmou no vídeo.