Autoridades ocidentais e ucranianas avaliam que, na verdade, o objetivo do presidente russo, Vladimir Putin, é conquistar Kiev, derrubar o governo de Volodymyr Zelensky e instalar um regime pró-Kremlin no país vizinho O Ministério da Defesa da Rússia disse nesta sexta-feira que a ofensiva militar na Ucrânia será agora focada na região leste da Ucrânia, onde estão as províncias separatistas de Luhansk e Donestk.
Esta foi uma das primeiras sinalizações de que o Kremlin pode estar reduzindo sua ambição na Ucrânia após ter lançado uma ampla ofensiva para tentar tomar Kiev, no norte do país, e várias outras cidades ao sul.
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“Desde o início, nunca planejamos invadi-los”, disse um funcionário do Ministério da Defesa, citado pela agência estatal RIA Novosti. “Embora não excluamos essa possibilidade, nossas forças e recursos estão focados no objetivo principal — a libertação completa de Donbass [região onde estão Luhansk e Donestk].”
Ao ampliar a ofensiva inicialmente, o Ministério da Defesa da Rússia disse que suas tropas distraíram o Exército da Ucrânia e restringiram sua capacidade de impedir as ações do Kremlin na região do Donbass.
Autoridades ocidentais e ucranianas avaliam que, na verdade, o objetivo do presidente russo, Vladimir Putin, é conquistar Kiev, derrubar o governo de Volodymyr Zelensky e instalar um regime pró-Kremlin no país vizinho.
O Ministério da Defesa da Rússia disse que até agora 1.351 soldados do país morreram conflito, um número muito menor do que o estimado pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), que calcula que entre 7 mil e 15 mil militares russos foram mortos desde o início do ataque.
Ataque russo em Kharvik, na Ucrânia, nesta sexta-feira
Felipe Dana/AP