Segundo o Relatório Focus, do BC, os analistas e economistas esperam alta de 0,50% do PIB no próximo ano e Selic de 11,50% ao ano A mediana das projeções do mercado para o crescimento da economia brasileira em 2021 voltou a cair, de 4,71% para 4,65%, no Relatório Focus, do Banco Central (BC), divulgado nesta segunda-feira (13) com estimativas coletadas até o fim da semana ada.
Para 2022, o ponto-médio das expectativas para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) foi reduzido de 0,51% para 0,50%. Para 2023, caiu de 1,95% para 1,90%. Para 2024, recuou de 2,10% para 2,00%.
A economia brasileira encolheu 0,1% no terceiro trimestre do ano, em comparação ao segundo, na série com ajuste sazonal, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no começo de dezembro, caracterizando a entrada em recessão técnica — dois trimestres seguidos de contração —, com a queda de 0,4% no segundo trimestre em relação ao anterior, dado revisado de uma queda de 0,1% divulgada anteriormente.
Analistas consideram que, na prática, a economia está estagnada e sem perspectiva de melhora substancial no futuro próximo. O número ficou abaixo da mediana das expectativas de 46 consultorias e instituições financeiras ouvidas pelo Valor Data, que era de estabilidade, com intervalo de projeções indo de -0,6% a +0,3%.
Selic
Para a taxa básica de juros (Selic), o ponto-médio das expectativas subiu de 11,25% para 11,50% em 2022, ficou em 8,00% para 2023 e permaneceu em 7,00% para 2024.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do BC decidiu elevar a Selic em 1,5 ponto percentual, na última reunião do ano, na semana ada, ando de 7,75% para 9,25% ao ano, o maior patamar desde outubro de 2017. Foi a sétima alta consecutiva e já era esperada pelo mercado. No comunicado, o Copom informou que antevê outro ajuste da mesma magnitude na próxima reunião, prevista para os dias 1º e 2 de fevereiro de 2022.
A meta de inflação perseguida pelo BC é de 3,75% em 2021, 3,50% em 2022, 3,25% em 2023 e 3,00% em 2024, sempre com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
IPCA
A mediana das projeções dos economistas do mercado para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2021 permaneceu caiu, de 10,18% para 10,05%, segundo o Focus.
Para 2022, manteve-se em em 5,02%. Para 2023, foi de 3,50% para 3,46%. Para 2024, foi de 3,10% para 3,09%.
Dólar
A mediana das estimativas para o dólar no fim deste ano foi elevada de R$ 5,56 para R$ 5,59, segundo o Focus.
Para 2022, o ponto-médio das projeções para a moeda americana ficou parado em R$ 5,55. Para 2023, permaneceu em R$ 5,40. Para 2024, ficou em R$ 5,30.